O poder da estola sacerdotal
Por Padre J. Rodríguez de la Rosa
Se o sacerdote é revestido com a estola, o inimigo infernal
sofre um verdadeiro flagelo, tamanha é o temor e ódio a este ornamento
sacerdotal.
A estola tem, como os outros ornamentos sacerdotais, um
verdadeiro sentido espiritual, lembra o madeiro da cruz que Nosso Senhor
carregou nos ombros a caminho do Monte Calvário. A estola colocada no pescoço e
cruzada sobre o peito, na Santa Missa tradicional, mostra ao sacerdote que ele
tem que se unir e amarrar-se de alguma forma a Deus, sujeitando-se com verdadeira
obediência a lei divina, levando alegremente seu jugo e lembrando sempre que Deus ordena tais coisas.
A estola cruzada sobre o peito, da parte direita a esquerda, é o símbolo da cruz de Cristo nele, é a lembrança da paixão de Nosso
Senhor presente no altar. Ao se revestir da estola, ele deve estar se preparando
para o Santo Sacrifício. O sacerdote rezará a seguinte oração: Me devolva
Senhor, a robustez da imortalidade, que perdi com o pecado dos meus primeiros
pais e, embora você me aceite sem ser digno de celebrar seus Sacros Mistérios,
faça que eu mereça a alegria eterna.
O sacerdote se aproxima do altar de Deus indigno como é, mas
escolhido pela misericórdia do Altíssimo. O sacerdote, ao colocar sua estola, é
o novo Cirineu que ajuda Nosso Senhor. Ele foi forçado a essa tarefa, mas mesmo
assim ele não podia deixar de se render ao olhar de humildade e compaixão do
Cordeiro Divino em seu caminho para o "matadouro".
O Sumo, e Eterno Sacerdote, e Vítima volta o seu olhar ao seu
sacerdote com o mesmo olhar com o qual ele olhou para Cirineu, mas com
mais humildade e misericórdia, esperando que seu ministro seja o novo Cirineu,
mas não mais obrigado, mas voluntário, identificado com Ele. O Senhor olha para
o seu ministro, esperando que ele tenha em mente a Sua Paixão, Agonia, Morte e
Ressurreição para a salvação do mundo.
A estola por essa união com o patíbulo, com a Santa Cruz, é
um um sinal privilegiado do sacerdócio de Cristo, e do poder da autoridade do
ministério sacerdotal, sendo um verdadeiro flagelo e terror para o demônio.
Nenhum sacerdote deve
dispensar a estola durante a confissão, em benção e, é claro, durante a Santa
Missa; e os fiéis devem pedir ao sacerdote que a use, se não estiver
usando.
Padre Juan Manuel Rodríguez de la Rosa
Fonte: Adelante La Fe
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